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Ucrânia recebe armas e munições dos EUA ainda esta semana | Espanha cria fundo para vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica | Portugal celebra 50 anos da Revolução dos Cravos
Senado dos Estados Unidos aprovou o pacote de ajuda militar de 487 bilhões de reais para Israel, Taiwan e Ucrânia. Nada menos que 1,13% da população espanhola sofreu abusos sexuais, nos últimos 80 anos, por membros do clero ou dentro de instituições católicas. Revolução dos Cravos pôs fim, em 1974, à mais antiga ditadura fascista no mundo
Danilo Rocha Lima e Diogo Oliveira, do Volta ao Mundo em 180"Vamos começar de olho na Ucrânia, que, segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode receber novas armas e munições ainda esta semana. A notícia, que alivia as tensões das forças armadas ucranianas, foi dada porque o Senado dos Estados Unidos, depois da Câmara, aprovou o pacote de ajuda militar de 487 bilhões de reais para Israel, Taiwan e Ucrânia.
Desse montante, 313 bilhões serão destinados à Kiev, que sofre com a falta de munições diante do avanço dos russos. Esse anúncio também tem impacto no moral das tropas ucranianas, que não anunciam uma vitória contra os russos há meses.
Enquanto isso, o governo ucraniano suspendeu os seus serviços consulares ao redor do mundo. A medida serve para forçar que homens voltem ao país e possam se apresentar para reforçar as tropas, que sofrem com a falta de soldados.
Passamos agora para a Argentina, onde o presidente Javier Milei enfrentou a maior manifestação desde a sua chegada ao poder no fim do ano passado. Milhares de estudantes, professores, sindicatos e membros da oposição se reuniram em várias cidades contra os cortes de verbas para as universidades públicas. O governo do ultraliberal Milei decidiu manter o orçamento de 2023 para as universidades, apesar da inflação atingir 290%. Esse corte tem levado as universidades argentinas a racionarem até mesmo o uso de água e energia e a limitarem o horário de abertura das bibliotecas.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro permitiu a volta ao país do escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O órgão tinha sido expulso da Venezuela em fevereiro, depois de se manifestar contra a prisão da ativista Rocío San Miguel. Ela é especialista em assuntos militares e foi acusada por Maduro de terrorismo, por fazer parte de um suposto plano para assassiná-lo.
Passamos agora para a Rússia, onde um tribunal de Moscou negou o recurso do jornalista Evan Gershkovich, do The Wall Street Journal, contra sua prisão preventiva. Ele é acusado pelo governo de Vladimir Putin de espionagem e se tornou o primeiro jornalista norte-americano a ser preso na Rússia, por esse tipo de acusação. O governo americano nega que ele seja um espião. Gershkovich está preso desde março do ano passado e sem data para julgamento. A prisão preventiva dele foi prorrogada até o final do mês de junho.
A Espanha vai criar um fundo para indenizar as mais de 440 mil vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica, durante décadas. A medida segue a decisão de Portugal, que também vai compensar as vítimas. O governo espanhol tinha publicado em outubro do ano passado um relatório que aponta que 1,13% da população sofreu abusos sexuais nos últimos 80 anos, por membros do clero ou dentro de instituições católicas. Essa porcentagem faz da Espanha um dos países mais atingidos pelo problema no mundo.
E a gente termina lembrando que Portugal celebra amanhã, 25 de abril, os 50 anos da Revolução dos Cravos, que pôs fim à mais antiga ditadura fascista no mundo. Em 1974, os portugueses derrubaram a ditadura de 48 anos e puseram fim a 13 anos de guerras nas suas colônias africanas. Celebrações estão previstas em Portugal e pela comunidade portuguesa em várias partes do mundo, inclusive na França e no Brasil.
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