Vamos começar de olho na Espanha. O primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, deve anunciar hoje se fica no cargo. Ele ameaçou, na semana passada, deixar o cargo depois que a Justiça espanhola anunciou a abertura de uma investigação contra a esposa do primeiro-ministro, Begoña Gomez. Ela é acusada de tráfico de influência e corrupção, numa denúncia feita principalmente por grupos de direita e de extrema direita da Espanha. Às vésperas de eleições regionais, o primeiro-ministro acusa esses grupos de visarem sua esposa para atingi-lo politicamente.

O país entrou em ebulição desde a semana passada, quando ele suspendeu suas atividades públicas e quando anunciou a possibilidade de deixar o cargo para proteger a esposa. O Ministério Público da Espanha pediu o arquivamento das acusações. Durante o fim de semana, milhares de pessoas saíram às ruas para apoiar o primeiro-ministro, que deve revelar sua decisão durante o dia.

Também vamos ficar de olho no Oriente Médio. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, volta à região para tentar um cessar-fogo na guerra entre israelenses e o Hamas, na Faixa de Gaza. Ele chegou agora pela manhã na Arábia Saudita, país que tenta ativamente pôr um fim ao conflito. Na Arábia Saudita, Blinken participa durante dois dias de reuniões do Fórum Econômico Mundial, onde busca financiamento para a reconstrução da Faixa de Gaza, que já está em ruínas. Depois, ele parte para a Jordânia e Israel. Durante essa viagem à região, Blinken também vai pedir o aumento da entrada de ajuda humanitária para os civis da Faixa de Gaza.

Já o presidente da China visita a Europa, pela primeira vez, desde a pandemia de covid. Xi Jinping deve passar na semana que vem pela França, Sérvia e Hungria. Essa visita tem grandes objetivos econômicos, já que Pequim tenta aprofundar relações com alguns países europeus. Mas, em plena guerra na Ucrânia, a visita pode ter efeitos políticos e diplomáticos, porque Xi tem se aproximado cada vez mais do russo Vladimir Putin e se apresenta como interlocutor entre europeus e russos.

Depois de um mês após o ataque de Israel que matou sete agentes humanitários, a ONG World Central Kitchen, onde eles trabalhavam, anunciou que vai retomar suas atividades na Faixa de Gaza, com agentes locais.  

Na Alemanha, começa hoje um processo que mobiliza o país. Nove membros de uma rede armada do grupo de extrema direita Cidadãos do Reich, serão julgados hoje, em Stuttgart. Eles tentaram um golpe de Estado armado em 2022 e planejavam invadir o Parlamento para derrubar o governo.

Na África do Sul, o país comemorou os 30 anos do Dia da Liberdade, que marca, em 27 de abril, o fim do Apartheid.

Notícias agora de Portugal. Dos mais de 1 milhão de estrangeiros que vivem em Portugal, os brasileiros representam 35%. A proporção de brasileiros no país aumentou 5% em um ano. A segunda maior comunidade estrangeira em Portugal é a angolana, com 5,3%. Os números podem aumentar este ano, já que está em curso um programa de regularização de 350 mil imigrantes em Portugal.

Tornados violentos deixaram estragos nos EUA e na China. No Sul da China, cinco pessoas morreram por causa dos fenômenos e nos Estados Unidos o saldo é de 4 vítimas, com mais de 7 milhões de pessoas sob alertas de tempestades.

E a gente termina com notícias do Papa Francisco, que pela primeira vez deste ano, deixou o Vaticano. Ele esteve no fim de semana, em Veneza, na Itália, onde chegou de barco. O papa visitou um centro de detenção de mulheres e pediu melhores condições de reinserção para as detentas.  

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